E que venha o Catar 2022
- Felipe João
- 15 de jul. de 2018
- 2 min de leitura
Atualizado: 16 de jul. de 2018
O mundial da Rússia chega ao seu fim do jeitinho que começou, cheio de gols, o torneio que une o mundo, ou melhor, os mundos... Mundos distintos se encontram na copa do mundo, e a final é o grande exemplo disso. Chegaram no grande clímax desse furacão chamado Copa do Mundo, França e Croácia, e a suas histórias falam por si só.

Como não simpatizar com o bom futebol apresentado pela equipe francesa nesta edição? Um futebol jovem, veloz, dinâmico, e multifacetado por suas origens, são mais de 15 raízes diferentes na seleção francesa, entre europeus, africanos e árabes. O futebol aliou todos os povos, por um conjunto eficiente apresentado nesta edição. Eficiência essa, que os levaram ao grande título mundial, os “Bleus” ficaram em um chaveamento com as grandes favoritas e teoricamente teriam um caminho difícil. E somente sendo coletivamente mundial, seria possível se sair vencedora de grandes batalhas.

A Croácia tem uma trajetória a parte nessa final, nesta copa, na história do mundo. Independente desde 1991, superou uma guerra civil após a independência, que durou até 1995, e que neste domingo colocaram toda uma bagagem sangrenta dos Balcãs em campo, hoje o futebol uniu um país, uniu um povo e mais do que isso, uniu o mundo.
O capitão Luka Módric foi o melhor do mundial, com méritos, por tudo que apresentou na copa, por ser o líder de uma equipe de incansáveis soldados que foram ao limite físico, pela glória. Os quadriculados não saem derrotados dessa final, saem conquistadores de todos os corações do mundo. Seus jogadores que expuseram todo o seu passado ao mundo comoveram por sua persistência, e foram abraçados pelo mundo, a seleção que não se abateu nem um por um segundo nessa copa, citou uma espécie de xodó dos torcedores, e ainda que por um detalhe, não seja os campeões da Copa, saem de lá com suas cabeças erguidas e seus nomes fincados na história do futebol.

A trajetória de jogadores franceses e croatas, mostram ainda que a humanidade tem algo de melhor a mostrar. A Croácia mostrou a entrega, a perseverança, mostrou que nenhuma batalha está perdida, e que com muita luta é possível reverter resultados impossíveis, e que o coletivo está acima de um bem individual, sem estrelismos, sem vaidade. A França, a grande campeã, venceu pela organização, pela juventude, a seleção francesa de 2018 é cara do mundo, recheada de jogadores que tem origens de outros continentes, outros povos, foi a cara da diversidade, a seleção Francesa de 2018 é a vitória do Multiculturalismo.
E que venha o Catar de 2022, que seja mais humano, mais coração, e que mais uma vez, que vença os povos, que vença a união do mundo.
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