A final do Mundo - River Plate x Boca Juniors
- Felipe João
- 10 de dez. de 2018
- 3 min de leitura
Atualizado: 13 de dez. de 2018

A final do mundo, acabou, com um atraso de 15 dias, finalmente conhecemos o grande campeão da América, o River Plate bateu o Boca Juniors na prorrogação por 3x1, mas quis o destino, e os cartolas sul americanos, que a final da Libertadores da América, fosse em Madrid, o berço de seus colonizadores. Trocadilhos à parte, a Taça Colonizad... A Taça Libertadores da América, teve uma final digna de seus protagonistas. River e Boca colocaram além de suas honras, seus corações, em um épico e genuíno tango argentino. Fora o circo de uma final fora da casa da Libertadores, a peleja foi um clássico, daqueles de pôr em almanaques e enquadrar num lugar de destaque na sala de casa.
O jogo que começou nervoso sem que houvesse uma canela a ser perdoada, logo as duras entradas, deram lugar ao gigantismo das equipes. A cancha se tornou pequena pela grandeza das camisas. Quando Benedetto abre o placar, os hinchas xeneizes explodiram seus corações de esperança, certamente o maior duelo da história estaria sob suas graças. Mas o futebol, sempre o futebol, a maior invenção do bicho homem, maltrata corações sem que haja distinções de suas classes, gêneros e etc. o futebol por sua essência é tudo aquilo que coloca à prova o que você acredita, a paixão em meio as decepções, e dessa vez não foi diferente. Lucas Pratto, velho conhecido brasileiro e contratação mais cara da história dos millonarios, trata de calar a torcida xeneize. Ainda que o Santiago Bernabéu seja o palco de grandes conquistas do poderoso Real Madrid, jamais tinha visto tamanha entrega como a que se viu no dia 9 de dezembro de 2018. Já na prorrogação de uma dramática história Shakespeariana, o vilão colombiano Barrios é mandado para o chuveiro mais cedo, e então o River como um rolo compressor, abafa o Boca e seu campo de defesa, e partir deste momento surge o antagonismo colombiano, companheiro de seleção do expulso Barrios, o meia Quintero acerta um petardo da entrada da área.
O Boca Juniors, já não tinha mais pernas para reagir, mas se entregar não faz parte do vocabulário argentino, com o coração na ponta da chuteira o Boca lutou e quase calou a torcida millonária nesse grande teatro do futebol, com um chute de Jara aos 14 minutos do 2° tempo da prorrogação, o coração Boquense bateu mais forte, só não bateu mais forte que a bola estourando na trave do arqueiro do River Plate. Na sequência dos fatos, com o goleiro do Boca já na área adversária tentando ser o herói deste épico, Pity Martinez, dispara para fechar a conta da final.
O combalido Boca já não tinha mais o que fazer, àquela altura apenas com 9 em campo, só poderia aceitar que aquela taça não voltaria à pulsante Bombonera. O River foi campeão, com muitos asteriscos, sim, mas foi o grande campeão da final do Mundo. O rebelde Gallardo, a mão de Bressan e os dirigentes argentinos, os torcedores do River, todos eles tiveram assinatura neste título, mas a grande derrotada desta final, foi a própria Conmebol. Vida longa à Boca e River, aos clássicos, aos grandes jogos, quanto a Conmebol, que se refaça com as novas mudanças na competição.
Carlos Gardel sairia inspirado dessa final, o mundo se rendeu ao tango argentino. Os vingadores da América foram os grandes Libertadores da América.
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