Luto e Loucura em Hereditário

Marcos Augsto
6 de jan. de 2019
2 min de leitura

ree — Milly Shapiro "Charlie", Toni Collette "Annie", Alex Wolff "Peter", Gabriel Byrne "Steve".

"Após a morte da reclusa avó, a família Graham começa a desvendar algumas coisas. Mesmo após a partida da matriarca, ela permanece como se fosse uma sombra sobre a família, especialmente sobre a solitária neta adolescente, Charlie, por quem ela sempre manteve uma fascinação não usual. Com um crescente terror tomando conta da casa, a família explora lugares mais escuros para escapar do infeliz destino que herdaram."

Hereditário não e um filme fácil de assistir, por mais que eu tenha assistido várias e várias vezes para poder escrever. Percebo que continua difícil de digerir, ele consegue ser um filme que te causa desconforto em algumas cenas, classificado como “as duas horas mais diabólicas que alguém pode viver” (Chris Nashawaty, Entertainment Weekly). O filme estreia de Ari Aster , conseguiu se sair muito bem na recepção da critica, é também na bilheteria. O filme começa em um funeral, e termina deixando você perplexo. O diretor que se inspirou em O Bebe de Rosemary, e Psicose , conseguiu escrever o roteiro com muita inteligencia não deixando você entender até o clímax. Elaborando uma historia que não faz você se perder mas também te deixa esfacelado, fazendo você pensar: Tá, mas agora o que acontece com eles? Você é capaz de torcer pra eles, mas não se identificar com os personagens, embora você vá descobrindo o motivo de todo acontecimento com a família, fazendo perceber que nada no filme pode ser alterado, isso te deixa curioso de como vai terminar. Mesmo depois de “Um Lugar Silencioso", que também é um put# filmão!! Você percebe que HEREDITÁRIO consegue se sair melhor pela função de cada personagem, e colocando em pauta uma historia que muitas pessoas desconhecem.

Torcendo desde agora para futuramente Toni Collette receber uma indicação no Oscar por sua atuação, que consegue usar seu olhar mostrando uma mãe beirando a loucura. O diretor utilizou muito a câmera em seu rosto, isso faz que você tenha total noção de como ela ta reagindo a tudo que esta acontecendo.

Sem contar com a direção de fotografia que utiliza as luzes para apontar o desconhecido (como a vermelha que ilumina a casa na árvore), e também o tom de escuridão que fica diante a família. É essa mesma escuridão que contrapõe o misterioso brilho visto pela filha do casal Charlie.